sexta-feira, 12 de julho de 2013

Tudo por um pop star - depoimento da escritora


Este é o meu primeiro livro pensado e escrito para a galerinha a partir dos 11, 12 anos. O porquê do tema? Eu queria um assunto atual, que retratasse o mundo hoje, e nada melhor do que fama, idolatria, celebridades fabricadas e as maluquices que os fãs fazem por seus ídolos. Além do mais, sempre que eu dava palestras em colégios, ouvia dos alunos perguntas do tipo: "Por que você não faz um livro sobre a Britney?" ou "Por que você não se inspira na vida do Eminem para escrever sobre um rapper?", e assim por diante.

Em vez de dizer "Que mané Britney? Que mané Eminem?", pensei cá com os meus botões: "Essa galerinha está a fim de ler algo sobre fama, sobre fãs".  Assim nasceu a idéia de escrever Tudo por um Pop Star.

O livro mostra esse amor um tanto esquisito e desenfreado que só fãs conhecem através da história de Manu, Gabi e Ritinha, três amigas muito amigas que moram em Resende, no estado do Rio de Janeiro, e que poderiam ser descritas como tietes, fãs fanáticas, doidas varridas, sabe-se lá. Enfim, o trio é do tipo que faz tudo por um pop star.

Ainda mais quando o pop star em questão atende pelo nome de Slack Tom Tompson. Líder da banda mais pop, mais tocada e mais adorada do planeta, a Slavabody Disco Disco Boys, ele é considerado por adolescentes do mundo inteiro O pop star, o papa do pop, o pop em pessoa. Além dele, integram o famosíssimo grupo de acrobatas, dançarinos e, ah, sim!, cantores, três jovens gringuinhos, todos, obviamente, muito, muito pop: Julius Tiger, Alexander Ray Boff e Michael Lazdakson.

Ao descobrirem que seus maiores ídolos vêm ao Brasil para um show no Maracanã, Manu, Gabi e Ritinha fazem de tudo para ver os gatos garotos bem de perto, vivem uma grande aventura mas... nada, absolutamente nada do que planejam dá certo. Apesar das várias tentativas e técnicas de aproximação, o trio de tietes só se mete em confusão. Uma maior que a outra. A falta de sorte das fãs mais desastradas do mundo é tanta, que elas vão parar na televisão e pagam o maior mico de suas vidas em rede nacional.

Quem assina a orelha de Tudo por um Pop Star é um legítimo pop star, ídolo desde pequeno, filho de pop star, irmão de pop star e, como os meninos do Slavabody Disco Disco Boys, também lotou o Maracanã... sabe de quem eu estou falando? Dele mesmo! Do Junior!

Diz ele sobre a obra: "Uma das coisas mais deliciosas é a forma divertida de retratar as aventuras das meninas Manu, Gabi e Ritinha. Sou suspeito, mas acho que Tudo por um pop star saca, com sensibilidade e bom humor, o clima dos megashows e os percalços a que os fãs estão sujeitos. [...] Tudo por um pop star é uma aventura da melhor qualidade. Quem sabe um dia encontro com Manu, Gabi e Ritinha em um dos nossos shows? Como os nossos outros fãs, será um prazer recebê-las".

    * Um breve perfil das personagens

Manu, 14 anos: descendente de alemães, loirinha, olhos azuis e um nariz empinado que lhe confere uma pinta de líder do grupo. Orgulha-se quando tem idéias bacanas, como a de convencer os pais a deixá-la ir para o Rio com as melhores amigas e uma professora para ver o show dos Slavabody Disco Disco Boys. Como nove entre dez meninas de sua idade, seu maior sonho é tornar-se uma modelo famosa e viajar pelo mundo.

Ritinha, 12 anos: a filha que todo pai gostaria de ter: obediente, inteligente e comportada. Fera no skate e craque em esportes com bola, ela pode, em segundos, transformar-se na pessoa mais teimosa, mal-humorada e reclamona do mundo. Morre de medo do pai e é também a que mais sente saudade de casa enquanto está no Rio de Janeiro com as amigas.

Gabi, 13 anos: pele morena e cabelos longos, bem escuros. Foi morar em Resende, no estado do Rio de Janeiro, aos três anos. Simpática e bela, Gabi deixa os meninos do colégio babando. Mas não está nem aí. Sua grande paixão é Michael Lazdakson, o mais feinho e menos popular dos sarados e rebolativos Slavabody Disco Disco Boys. Faz teatro no colégio e, cheia de coragem, finge um desmaio na porta do hotel onde a banda se hospeda na Cidade Maravilhosa.

Slavabody Disco Disco Boys - Eles têm talento, sim, mas são mais engraçadinhos, bonitinhos, saradinhos, famosérrimos e milionários do que cantores propriamente ditos. Manu, Gabi e Ritinha que não me ouçam! Elas, claro, acham que os meninos têm os melhores e mais afinados gogós do planeta (além de serem os gatos mais gatos da música pop). Mas sabe como é tiete... O nome é uma sátira aos nomes de bandas americanas, sempre compridos e bobocas, como New Kids on The Block, Backstreet Boys, e por aí vai.

Babete Labareda - é a prima (bem) doidinha da Manu. Doidinha do bem. Esotérica, engraçada e gente boa até dizer chega, fala pelos cotovelos e é um charme. Fã fanática das antigas, sabe tudo sobre técnicas de tietagem e é ela que ajuda o trio a tentar se aproximar do Slavabody. Babete é a responsável pelos momentos cômicos do livro. Eu, pelo menos, me diverti muito em frente ao computador enquanto dava vida a ela. É o tipo de pessoa que diz os maiores absurdos com a cara mais normal do mundo. Eu me inspirei na Phoebe do seriado Friends para criá-la. Tenho o maior xodó por esta personagem. Acho que todo mundo tinha que ter um pouquinho de Babete.


Nenhum comentário:

Postar um comentário